terça-feira, 30 de agosto de 2016

Sinais da vida


 

 
A vida é repleta de sinais, uns mais evidentes outros mais subtis ou discretos mas em todos os momentos e ocasiões eles estão sempre presentes. Cabe-nos identifica-los e compreende-los! Nem sempre é fácil reconhecer os sinais que a vida nos dá, sabemos que basta estar atentos para conseguir interpreta-los. Com treino e sensibilidade alcançámos bons resultados na sua interpretação. Sim, não é assim tao difícil nem é nenhuma tolice!!!!

Vejamos então o seguinte todos nós percebemos que temos fome, temos sede, necessidade de descansar …. Entre outras coisas através dos sinais que o nosso organismo envia para o cérebro. Certamente também já nos aconteceu ter a sensação, impressão que determinada situação vai desencadear um acontecimento ou uma acção por parte de outros. E nesses momentos costumamos usar a expressão “Parece que estava a adivinhar!”. 

Não, não somos todos adivinhos ou bruxinhos, apenas temos percepção sensitiva e estivemos atentos ao nosso sexto sentido – a intuição. Provavelmente cedessem um pouco mais de atenção a este campo da nossa vida conseguiriam evitar algumas surpresas desagradáveis e experimentar outras muito agradáveis.

Por experiencia própria posso afirmar que existem ocasiões e assuntos na vida complexos e morosos de se resolver. São os sinais simples, quase imperceptíveis como um sorriso, um gesto, uma palavra que indicam a atitude a tomar, que nos dão força e coragem para não desistir. Por isso a mensagem que vos deixo hoje é para estarem atentos aos pequenos sinais da vida, para aprenderem a decifrar porque certamente será um contributo importante na resolução de alguns problemas e/ou na tomada de decisões.

domingo, 21 de agosto de 2016

Afenidade é ...


Hoje quero partilhar convosco um texto que leio e releio muitas vezes e me deixa sempre a pensar. Na verdade esta história dos afectos é tão  simples e nós temos a mania de complicar. De facto ter afinidade com alguém é algo quase instantâneo e espontâneo que quando damos conta já criamos uma relação forte e sólida na qual as palavras deixam de ser necessárias, na qual o tempo,a distancia pouco ou nada interferem. Nos últimos tempos a vida deu-me oportunidade de construir uma amizade em que a afinidade é a base dessa relação e como o autor diz é algo raro, não é poético ou arrebatador como a amor ou a paixão. Mas é parte integrante de um sentimento verdadeiro.

Quando leio as palavras do escritor a descrever a afinidade não posso deixar de concordar em pleno com ele pois sinto, experimento diariamente estas sensações. A todas as pessoas com quem tenho afinidade o meu muito obrigado por fazerem parte da minha vida, no entanto, tenho de realçar a enorme afinidade que tenho por uma pessoa em concreto em que tudo mas mesmo tudo o que está escrito no texto abaixo se reflecte, a ti, deixo-te um obrigado especial!

 

 

 
Afinidade

 

       A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sútil, delicado e penetrante dos sentimentos. É o mais independente.

           Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo,

A conversa, o afecto no exacto ponto em que foi interrompido.

 

           Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjectivo para o objectivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial. Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia

Durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar

Juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

 

         Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que

     Impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras. É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.

 

         Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas

Sente contra o ser amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios. Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.

É olhar e perceber. É mais calar do que falar, ou, quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar.

 

         Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo. Mas quem sente com, avalia sem se contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar. Quem não tem

     Afinidade, questiona por não aceitar.

 

     Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças. É conversar no

     Silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidades      vividas.

 

     Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de

     Separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas

Oportunidades dadas (tiradas) pela vida, para que a maturação comum pudesse

Se dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais a expressão do outro soba  a forma ampliada do eu individual aprimorado.

 

                         (Artur da Távola)