quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Tons de Outono


As estações do ano marcam o ritmo da natureza e em cada uma delas somos agraciados com espectáculos de transformações espontâneas que deixam qualquer observador mais atento maravilhado. Quando observamos a descida da temperatura, os dias a diminuírem de tamanho começamos a compreender que o verão está de partida. Surge então o outono! 
Somos presenteados com uma paleta de tons - castanhos, laranjas, vermelhos roxos, cinzentos … que vem substituir os tons claros do verão. O calor natural do verão esmorece e vai surgindo o frio. O sol que tanto nos agrada e nos traz felicidade parece que decidiu começar a brincar ás escondidas com as nossas amigas nuvens que mais parecem grandes novelos de algodão doce! E por causa das marotices do nosso amigo sol começamos a sentir uma alternância entre o calor e o frio que nos faz por vezes vestir o casaco noutras despir. Estas variações da temperatura fazem com que os mais descuidados apanhem uma constipação! No fundo a natureza pretende com estas oscilações de temperatura contribuir para o nosso corpo se habituar a mudança do verão para o inverno gradualmente. Ao contrário de nós as nossas amigas árvores que no verão se vestem de folhas verdes e nos presenteiam com os seus frutos e com as suas sombras. Nesta estação começam a modificar as cores das suas folhas, estas começam a secar e a cair no chão acabando por chegar ao inverno despidas.  Mais uma vez a natureza se transforma para nos facilitar a vida se no verão as folhas nos dão a sombra, no outono-as árvores despedem-se das suas folhas para nos permitirem receber o sol de inverno que fica mais suave.
Para a tarefa de se despirem, as árvores encontram um ajudante muito dedicado, o  amigo vento que também ganha mais força e entusiasmo nesta estação! O vento que no verão é a brisa refrescante, agora ganha mais rapidez e entra na brincadeira do amigo sol. sopra as nuvens ora para esconder o sol. Ora para descobri-lo e nos dar um pouco de calor! Mas, às vezes este farta-se de brincar com as nuvens e decide dançar com as amigas árvores! Dança, rodopia, assobia e no entusiasmo da brincadeira faz com que as folhas voem no ar. Por falar em ar, quem não gosta nada desta brincadeira são as nuvens! Ficam tristes por serem trocadas e começam a chorar! Eis que surge a amiga chuva que vem refrescar a Terra. E que bem sabe estar no quentinho do nosso lar a ouvir a chuva a cair lá fora!  Quem nunca quando criança se deliciou em correr á chuva, em saltar de poça em poça? Pessoalmente recordo-me várias vezes do tempo em que a minha avó me dava as galochas para calçar quando aos fins-de-semana eu ia andar de bicicleta para a casa dela. Está claro ela já sabia que a menina rebelde ia passar por dentro de todas as poças de agua que encontrasse! Bom, já que falei nos meus avós é tempo também para referir os frutos maravilhosos que nesta época surgem e que eu ainda hoje tenho o privilégio de poder apanhar a maioria na quinta dos meus avós. No outono surgem as castanhas, as nozes, os diospiros, as uvas, a batata-doce …. Hmmm estes são um bom argumento para passar uma bela tarde a volta da mesa com os amigos. Mais uma vez os ciclos da natureza nos oferecem distintas possibilidades de usufruir da vida. Querido amigo, se és daqueles que não gostas do outono, que achas uma maçada a chuva, o vento e o frio convido-te a olhares para tudo isto de outra forma.

 

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

As duas borboletas


Hoje andei a vasculhar o meu arquivo no qual guardo textos,

 Pensamentos que de alguma fforma me tocaram ou ou me deixaram a meditar em algo. Eis que descobri um pequeno texto que nos impele a ponderar qual das duasborboletas da história somos. Considerando alguns dos textos que tenho vindo a partilhar convosco que não são nada mais do que meras palavras de umaa aprendiz da vida senti que este seria um bom texto para vos oferecer.

 

“— Duas lagartas teceram cada uma seu casulo. Naquele ambiente protegido, foram transformadas em belíssimas borboletas. Quando estavam prestes a sair e voar livremente, vieram as ponderações.

Uma borboleta, sentido-se frágil, pensoo: ”A vida lá fora tem muitos perigos. Poderei ser despedaçada e

Comida por um pássaro. E mesmo se um predador não me atacar, poderei sofrer com as tempestades. Um raio poderá-me atingir. As chuvas poderão colabar minhas asas, levando-me a tombar no chão. Além disso, a primavera está acabando, e se faltar o néctar? Quem irá- me socorrer?”. Os riscos de fato eram muitos, e a pequena borboleta tinha suas razões. Amedrontada, resolveu não partir. Ficou no seu protegido casulo, mas como não tinha como sobreviver, morreu de um modo triste, desnutrida, desidratada e, pior ainda, enclausurada pelo mundo que tecera.

 A outra borboleta também ficou apreensiva; tinha medo do mundo lá fora, sabia que muitas borboletas não duravam um dia fora do casulo, mas amou a liberdade mais dos que os acidentes que viriam. E assim, partiu. Voou em direção a todos os perigos. Preferiu ser uma caminhante em busca da única coisa que determinava a sua essência.”

 

E tu que preferes ser?

Queres ficar preso a tua propria teia?

Queres partir em busca da tua essencia?

 

 

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Que tal parar de reclamar e agir?


Muitas vezes, deparamo-nos com pessoas que mais parecem um livro de reclamações! Parece que nada está bem para elas e a culpa nunca é delas.
Sim, é verdade que todos nós de uma forma ou de outra, mais ou menos reclamamos por tudo e por nada. No fundo existem pessoas que passam os dias a reclamar, que isto ou aquilo não está bem. Que não tem o que deviam de ter, que mereciam mais do que tem. Enfim, reclamamos, reclamamos, reclamamos que a vida é injusta e que não temos aquilo que merecíamos ter!!! Por vezes cruzamo-nos com pessoas que sinceramente mais parecem livros atolados de reclamações, são tantas que acho que nem conseguem perceber o quanto tem para agradecer. Será que a nossa vida é realmente tao madrasta como nos parece? Proponho-vos que façam uma pequena reflexão com o intuito de compreenderem o quanto está mal a vossa vida. Vamos então responder aas seguintes questões:
 

·        Estamos vivos?

·        Conseguimos respirar sozinhos sem ajuda de máquinas?

·        Somos capazes de ver o nascer e o por do sol?

·        Conseguimos ouvir o canto dos pássaros e o barulho das ondas do mar?

·        Quando vamos passear conseguimos sentir a brisa do vento no nosso cabelo e o calor do sol no nosso rosto?

·        Podemos saborear um bom pedaço de bolo de chocolate?

·        Temos algo para comer?

·        Conseguimos ter um tecto para dormir?

·        Podemos escolher que roupa vamos usar hoje?

·        Hoje não acordamos a temer pela nossa vida?

·        Já conseguimos superar alguns obstáculos na nossa vida?

·        Reflectimos sobre o que vamos fazer na nossa vida, com a nossa vida profissional e pessoal? Isto significa que temos paixão, que temos ambição, que temos liberdade para tomar as nossas próprias decisões!

·        Vivemos num país que defende os direitos humanos?

·        Se estivermos doentes podemos procurar ajuda para nos curar?

·        Temos um amigo com quem falar sobre as nossas coisas?

·        Temos acesso a água potável?

·        Conseguimos tomar banho todos os dias ou pelo menos de dois em dois dias?

·        Temos acesso a cuidados médicos básicos?

·        Conseguimos aceder a internet?

·        Temos acesso a escolaridade?

 
Com certeza que alguns de nós não tem todas estas coisas que aqui foram enumeradas mas certamente que possuem a maioria delas. Afinal, cerca de 65% da população mundial não tem nada do que anteriormente foi mencionado, cerca de 78% não tem 30% daquilo que muitos de nós achamos que temos pouco. Por isso, ainda acham que a nossa vida está tão má? Será que não temos tanto para agradecer a vida? Será que não temos de estar gratos por vivermos numa sociedade que nos assegura as necessidades primárias? E não será que em vez de nos queixarmos, queixarmos não devíamos antes contribuir para a nossa sociedade de modo positivo?

Sim, porque quando protestamos estamos a encher o nosso pensamento, o nosso coração de pensamentos e energias negativas. Estamos a ter raiva, inveja e até mesmo rancor de alguém ou de algo. Esses sentimentos fazem-nos olhar a vida de uma forma negativa, fazem-nos inconscientemente transmitir energias negativas para os que nos rodeiam. sem Querer criamos um ciclo vicioso de transmissão de energias negativas. E quando damos conta estamos a dar e a receber sementes doentes ou de ervas daninhas. Sim, porque tudo aquilo que damos ao  outro mais cedo ou mais tarde é reenviado para nós próprios.

Que tal parar de reclamar e começar a actuar? Não podemos apenas criticar e apontar o dedo aquilo que está mal na nossa sociedade, enumerar os defeitos dos outros e até mesmo os nossos defeitos e ficar no nosso cantinho a lamentar-nos. Há que agir, há que começar por  modificar a nossa postura perante a vida. Precisamos de abrir o nosso livro de reclamações e começar a lê-las entender o que podemos fazer para alterar determinada situação e realizar!
 

 

 

sábado, 1 de outubro de 2016

"A minha vocação é o amor."


 

 

Hoje vou partilhar convosco um dos reflexos da minha alma, ou seja, algo que me marcou profundamente e que se tornou num pilar na minha caminhada como aprendiz da vida. Acerca de dez anos, falaram-me de um livro que se intitula “História de uma alma”, trata-se de uma autobiografia de Santa teresinha do Menino Jesus. Na altura era catequista e transmitia o testemunho de vida de muitos santos e santas da Igreja católica aos meus alunos mas, na verdade esses santos eram para mim apenas um testemunho e exemplo de vida nada mais. E foi neste aspecto que a leitura de “História de uma alma ” se tornou uma marca na minha vida porque passei a olhar para esta santa como uma amiga, a sua maturidade e sensibilidade espiritual moveram-na a lutar pelos objectivos de vida contra todas as adversidades conseguindo entrar para o convento aos 15 anos. Para tal teve de enfrentar a madre superior do convento e ir a uma audiência com o santo padre a fim de adquirir uma autorização especial para iniciar o seu percurso na vida religiosa. No seu livro descreve como sofreu com a morte da sua mãe ainda pequena, com a separação da sua irmã, depois quando entrou para o convento afastou-se do seu pai e restantes familiares e até mesmo as provações que teve de suportar e ultrapassar no percurso formativo e ainda os problemas de saúde que lhe foram surgindo. Teresinha aceitou sempre esses sofrimentos com um amor incondicional de entrega a Deus que impressiona e nos interpela para que façamos o mesmo. Porque na verdade amar incondicionalmente é o caminho para a felicidade, para atingir os nossos objectivos pessoais seja qual for as nossas crenças religiosas.

Na busca por compreender qual a sua vocação, qual o seu papel na Igreja teresinha deparou-se com muitas provações, algumas tentações e cometeu bastantes erros como todos nós, no entanto descobriu que a sua vocação era o amor porque o amor é o ingrediente necessário a todas as coisas que fazemos na vida. Apreendeu que mesmo estando num convento de clausura, lugar onde as freiras se dedicam a oração, podia através do seu amor e das suas orações interceder pelos diversos missionários do mundo, podia apelar a misericórdia de Deus pelos que sofrem, pelos que passam fome …. Enfim entendeu que amando poderia contribuir para o desenvolvimento da humanidade mesmo estando num local recolhido onde não tinha contacto com o mundo exterior. E nós que estamos mergulhados no mundo, que estamos em constante relação com o outro não somos capazes de amar incondicionalmente! Tal como eu Santa Teresinha gostava de contemplar os animais e passear nos campos, nos jardins repletos de flores chegando mesmo a comparar a sua família aos lírios do campo! Bem para a conhecerem melhor desafio-vos a lerem a “História de uma alma ” e se vos tocar tanto como a mim garanto-vos que a forma como vêem a vida se modificará. Deixo-vos aqui uma hiperligação com o intuito de conhecerem um pouco mais esta minha companheira:  


 

Na continuação do texto anterior “Sementeira de pensamentos ”, convido-vos a meditarem sobre este testemunho de teresinha, esta incluiu o amor em toda a sua vida, em todas as ocasiões sem hesitar. Não será esse o adubo necessário para incluir nas sementes dos nossos pensamentos que produzimos diariamente? Não será este o ingrediente especial para incluirmos em todas as nossas acções?

Estamos a praticar o amor incondicional sempre que desejamos o bem a todos os nossos semelhantes sem descriminação de credos, raças e sexos e sem inveja, ódio ou raiva ainda que se trate de alguém que nos tenha magoado, prejudicado ou feito algum mal. Mas, para alcançarmos o amor incondicional não podemos ter o coração cheio de ódio, inveja, raiva ou tristeza. Antes de praticarmos o amor incondicional devemos proceder a uma limpeza do nosso coração. Amar é acima de tudo perdoar, é dar a outra face, é perdoar a nós mesmos

Como perdoamos aos outros, mesmo que estes sejam nossos inimigos!

Nalgumas situações somos nós mesmos os nossos maiores inimigos. Vejamos então, quando alguém nos fere, nos deixa triste devemos perdoar-lhe caso contrário estabelecemos uma ligação energética negativa muitas vezes por toda a vida. Quantas vezes não somos invadidos por sentimentos de tristeza, frustração, raiva porque alguém nos magoou na infância, na adolescência, na vida adulta (…) e não lhe conseguimos perdoar? A velha expressão “não lhe é capaz de perdoar. Isso não te perdoou! “, Pois bem estas situações vão se acumulando no nosso coração, vão o atulhando o de substâncias malignas. as ervas daninhas do nosso jardim vão crescendo e sufocando as sementes dos pensamentos positivos que morrem por serem oprimidas Então, o Antídoto  chama-se perdão. Perdoar a nós mesmos, perdoar aos outros contribuirá para que as ervas daninhas sejam aos poucos extintas do nosso jardim. O perdão eleva-nos a um estado de vibração energética que nos preenche de amor incondicional por nós e pelos outros. Quem nunca se  

Sentiu a vibrar por dentro ou o coração a faiscar de amor, alegria quando se reconcilia com outro?

Em suma, querido amigo não te esqueças de adubar a tua vida com o amor incondicional, de teres o Antídoto para as ervas daninhas (inveja, ódio, raiva) sempre a mão para que no teu jardim e no jardim dos que te rodeiam haja sempre flores, árvores, frutos e toda a espécie de animais. Ao jeito de santa teresinha sê persistente em relação aos teus objectivos tendo sempre presente que fazes parte de uma sociedade para a qual deves contribuir para o seu desenvolvimento.