sexta-feira, 10 de março de 2017

Para pensar: Espiritualidade Nna prática


 

 Espiritualidade, o que é? O que é ser espiritual? Não somos todos espirituais?

O texto partilhado hoje fala por si só, não posso acrescentar muito aquilo que esta alma vibrante nos escreve. Posso apenas referir que tal como ela caminho na busca pela essência do meu “eu”! No fundo com já tenho vindo a escrever algumas vezes tudo nosso viver tem de passar pelo nosso sentir, não podemos apenas usar a nossa parte racional porque dessa forma seriamos máquinas! Desejo-te uma boa reflexão e que este pensamento possa solidificar o teu caminhar.

 

 

 “ Aprendi que é A CONEXÃO COM O DEUS DENTRO DE MIM.

Quando comecei a minha jornada de retorno a mim, li muita coisa (muita mesmo), assisti muitas palestras, estudei muito, fiz muitos cursos, fiz muitas terapias (tradicionais e holísticas), para chegar a mais simples verdade: Deus mora dentro de mim e está lá fora também. Mas, se eu não reconhecê-los dentro, não o verei fora.

Quando adentramos "nesse mundo espiritual", vemos e ouvimos de tudo um pouco, e se não tivermos muito centramento, discernimento, e muita disposição a experimentar o que realmente funciona na prática para nós, acabamos nos desconectando e nos distanciando ainda mais da nossa essência.

Pois, de fato, uma das grandes armadilhas é cairmos numa separação ainda maior do que é espiritual, certo, evoluído e puro. E esquecemos que todos somos um e que não existe nenhum dogma universal que determine como a espiritualidade de cada um deve ser. Inclusive a separação material e espiritual já seria um engano, uma ilusão.

O caminho só se faz caminhando né? E cada um saberá sua forma de retornar a si a partir da própria experiência. Pois, acredito que o Criador veio experienciar, por meio de cada um de nós, aspectos infinitos dele mesmo.

Assim, hoje, pura e simplesmente, o que posso compartilhar sobre a minha espiritualidade empírica:

 

- Não importa o que comemos, o que vestimos, a música que escutamos, etc. Não tem nada de baixa vibração, a não ser o nosso próprio julgamento, nosso olhar sobre os eventos;

- Desapego não tem a ver com pobreza. Desapegar significa soltar, deixar que nós, as pessoas, situações, relacionamentos, resultados, sejam o que podem ser no momento. Sem projeções, expectativas, idealizações;

- Se existe uma privação financeira, existe desconexão do nosso próprio valor. Pois, se somos o próprio Criador, somos abundância, prosperidade, alegria e riqueza, assim como Ele;

- Não adianta viver no mundo espiritual e negar o material. Os dois são uma coisa só. Estamos aqui na terceira dimensão para aprendermos a lidar com a materialidade em todos os aspectos. Dominarmos nossa mente e nossas emoções para aprendermos a cocriar uma realidade cada dia mais próspera e mais conectada com nossa essência. Para uns será ter uma Ferrari, para outros será ter um sítio no interior, o que irá determinar o que é melhor para cada um é o que nos faz vibrar de verdade;

- O corpo faz parte da materialidade e temos que aprender a lidar com ele. Cuidar do corpo, da saúde e da beleza é cuidar do templo do espírito. A propósito, quando mudamos o corpo, mudamos a mente. Pois, exercícios e alimentação mudam o cérebro, trazem disposição e aumentam nossa alegria de viver. Assim, mais uma vez o desapego ao corpo é desconexão;

- O ego não é nosso inimigo. Ele tem a função dele. Ele não é uma coisa em si e sim um processo de identificação com a mente. Assim, esse processo de desidentificação também é um processo. Haja meditação, paciência e muita respiração para voltarmos ao corpo e estarmos presentes no Agora. É um eterno exercitar.

- Ninguém virá resolver nossa vida por nós (nem Deus, pois ele já está aí). E isso começa a partir de um exame profundo da qualidade do que pensamos e sentimos. Dá um trabalho imenso e você só desisti de desistir, quando conclui que não tem outra forma de mudar. Sem mudar a vibração interior, não acessamos o Deus interno e não harmonizamos nossa vida externa.

- Os problemas não vão desaparecer da nossa vida, mas vamos nos tornando mais aptos a resolvê-los e, mais ainda, a aceitar quando não podemos fazer nada, a não ser confiar que o Universo cuidará da situação da melhor forma.

- Quanto maior nossa consciência, maior é a nossa responsabilidade. Assim, as situações começarão a aparecer para que coloquemos todo nosso conhecimento em prática por meio das experiências. Os relacionamento serão grandes espelhos de tudo que ainda temos para ajustar em nossa vibração. Eles continuarão trazendo o que resistirmos a mudar, transformar ou liberar.

- Os gurus e mestres podem servir de grande atraso no nosso processo de reconexão ao Deus interno se não soubermos compreender suas mensagens. Eles trouxeram exemplos de Ser e agir, mensagens maravilhosas, compartilharam suas experiências e seus processos de iluminação, no entanto, nosso caminho só será feito por nós e da nossa forma. Não nos comparemos, nem nos diminuindo nem nos aumentando. Eles foram e são um de nós. Lembra que todos somos um? Se os vermos com igualdade e admirarmos simplesmente os processos deles, nos conectamos com o melhor de nós. E não existe linearidade nesse processo, isso é outra ilusão.

- O caminho muitas vezes parece solitário, e é mesmo. Para compreendermos muitos dos nossos processos interiores e nos conectarmos ao Deus interno não podemos levar ninguém junto. Precisamos de tempo e espaço para nos redescobrimos e isso é feito no silêncio. O tempo que levamos, não importa. Quanto mais liberamos a necessidade de nos justificarmos, nos explicarmos aos outros, aceitamos o nosso próprio processo e o que podemos ser a cada momento.

- Não adianta orar, rezar, meditar, ficar esperando que as coisas mudem e não ter disposição, tomar iniciativa e agir. Como diria meu querido professor Amit Goswami, o segredo é o: DO BE DO BE DO (Ser Fazer Ser Fazer Ser). Nos voltarmos para dentro, mas nos dispormos a efetuar as mudanças lá fora, fazendo essa alternância, trabalhando um sem negarmos o outro, continuamente. Nós somos o canal. Deus trabalha através de nós e não para nós. Se não formos responsáveis por nós, Deus não será. Estamos onde nos colocamos, essa é a lei.

Não sei se você já experienciou algo parecido, mas, de qualquer forma, não interprete meus relatos como suas verdades. Viva, experimente, retorne a você da sua própria forma, tire suas próprias conclusões.

Não existe forma certa ou errada. Tem aquela que você consegue no momento. As muitas informações disponíveis podem ajudar, mas podem deixar tudo muito complexo também. Aprenda a escolher a partir do coração e não da mente. A informação que ressoar é para você, a que não interessar, descarte.

Sente, respire, comece a sentir você em você. O que te faz bem, o que te faz vibrar, o que preenche seu peito e causa arrepios, o que te emociona de verdade? Isso é Deus em você!

 
Namastê”
 (Rebeca Campos)

 

 

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