segunda-feira, 25 de março de 2019

como estão os teus muros?

Hoje trago-vos um pequeno fragmento de um livro bastante rico em reflexões profundas. Este excerto tocou-me de modo especial e fez com que eu me interrogasse. Assim sendo vou transcrevere-lo e modestamente tentarei construir uma breve reflexão pessoal a seu respeito.

Quantas coisas sabemos realmente da nossa vida? E quantas mantemos à distância, com medo daquilo que poderiam revelar?
A razão ergueu muros altos à nossa volta, e se calhar só quando estamos sozinhos é que nos damos conta de que o perímetro da fortaleza é na verdade o de uma prisão
(Susana Tamar in O teu olhar ilumina o mundo)

Conhecer-me-ei verdadeiramente, conhecerei o meu interior de forma profunda? Não tenho dúvidas que de uma forma ou de outra todos nós nos conhecemos, mas a que nível? Esta é a questão fundamental. Como é que está o conhecimento em relação a mim? Quantas vezes faço silencio e escuto a minha voz interna?
Em muitas situações, buscamos uma razão logica para os acontecimentos da nossa vida, buscamos uma justificação aceitável e que nos deixe confortáveis. Sim, confortáveis porque
é essencial para nós, seres humanos, que nos mantenhamos cómodos e no nosso perímetro de segurança.  é nos extremamente difícil ultrapassar, derrubar as nossas muralhas de confiança! Muitos de nós quando nos sucede alguma situação temos a tendência para não nos culpar ou encontrarmos sempre razoes externas. Adoramos usar a expressão “A culpa não foi minha. Ou pelo menos não fui eu o único   culpado”. Á medida que vou caminhando na vida, conhecendo pessoas e observando o ritmo de cada ser humano reforço a minha convicção, que por vezes nós construímos muros e muralhas, onde não deixamos entrar nem sair nada nem ninguém. Sim, é verdade que determinadas situações nos exigem esta atitude para não fracassarmos.  para muitos esta postura torna-se um hábito complicado de transformar. Quando damos conta estamos prisioneiros de nós mesmos, dos nossos medos, dos nossos traumas, das nossas mágoas enfim poderia enumerar um sem número de argumentos.
Precisamos de ter consciência que facilmente criamos barreiras entre nos e o mundo exterior, precisamos compreender o que nos faz ativar as nossas defesas e trabalhar nesses sentimentos. Por vezes, custa-nos muito efetuar este processo de autoanálise, mas é fundamental para mantermos os muros estáveis.
Quantos mais passos dou nesta minha caminhada terrena com mais intensidade acredito que o segredo da nossa vida, as respostas as nossas dúvidas está dentro do nosso ser. Diria na nossa alma e só conseguimos ser verdadeiramente felizes e realizados quando permitimos que os raios de luz internos sejam visíveis.
Não vale a pena culpar os outros, as causas exteriores das nossas amarguras e insucessos se não paramos para analisar e escutar o que nos vai cá dentro.
  
Os teus muros deixam a luz da tua alma brilhar para o mundo?  

1 comentário: