Hoje trago-vos um pequeno fragmento
de um livro bastante rico em reflexões profundas. Este excerto tocou-me de modo
especial e fez com que eu me interrogasse. Assim sendo vou transcrevere-lo e
modestamente tentarei construir uma breve reflexão pessoal a seu respeito.
“Quantas coisas sabemos
realmente da nossa vida? E quantas mantemos à distância, com medo daquilo que
poderiam revelar?
A razão ergueu muros altos
à nossa volta, e se calhar só quando estamos sozinhos é que nos damos conta de
que o perímetro da fortaleza é na verdade o de uma prisão”
(Susana Tamar in O
teu olhar ilumina o mundo)
Conhecer-me-ei
verdadeiramente, conhecerei o meu interior de forma profunda? Não tenho dúvidas
que de uma forma ou de outra todos nós nos conhecemos, mas a que nível? Esta é
a questão fundamental. Como é que está o conhecimento em relação a mim? Quantas
vezes faço silencio e escuto a minha voz interna?
Em muitas situações,
buscamos uma razão logica para os acontecimentos da nossa vida, buscamos uma justificação
aceitável e que nos deixe confortáveis. Sim, confortáveis porque
é essencial para nós,
seres humanos, que nos mantenhamos cómodos e no nosso perímetro de segurança. é nos extremamente difícil ultrapassar,
derrubar as nossas muralhas de confiança! Muitos de nós quando nos sucede
alguma situação temos a tendência para não nos culpar ou encontrarmos sempre
razoes externas. Adoramos usar a expressão “A culpa não foi minha. Ou pelo
menos não fui eu o único culpado”. Á
medida que vou caminhando na vida, conhecendo pessoas e observando o ritmo de cada
ser humano reforço a minha convicção, que por vezes nós construímos muros e
muralhas, onde não deixamos entrar nem sair nada nem ninguém. Sim, é verdade
que determinadas situações nos exigem esta atitude para não fracassarmos. para muitos esta postura torna-se um hábito complicado
de transformar. Quando damos conta estamos prisioneiros de nós mesmos, dos
nossos medos, dos nossos traumas, das nossas mágoas enfim poderia enumerar um
sem número de argumentos.
Precisamos de ter
consciência que facilmente criamos barreiras entre nos e o mundo exterior,
precisamos compreender o que nos faz ativar as nossas defesas e trabalhar
nesses sentimentos. Por vezes, custa-nos muito efetuar este processo de autoanálise,
mas é fundamental para mantermos os muros estáveis.
Quantos mais passos dou
nesta minha caminhada terrena com mais intensidade acredito que o segredo da
nossa vida, as respostas as nossas dúvidas está dentro do nosso ser. Diria na
nossa alma e só conseguimos ser verdadeiramente felizes e realizados quando
permitimos que os raios de luz internos sejam visíveis.
Não vale a pena culpar os
outros, as causas exteriores das nossas amarguras e insucessos se não paramos
para analisar e escutar o que nos vai cá dentro.
Os teus muros deixam a luz
da tua alma brilhar para o mundo?
Muito bonito
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