terça-feira, 2 de agosto de 2022

Dança Cósmica

No universo tudo está em constante movimentação, numa intensa, mas suave transformação. Acontecimentos, mudanças, voltas e reviravoltas surgem sem anúncio prévio. A luz e as trevas esbarram uma contra a outra, entrelaçam-se com o ardor fugaz típico de quem deseja explorar os campos desconhecidos. Explosões de sensações, emoções surgem no cosmo e são irradiadas para todo o lado. A intensidade é de tal ordem que nem a cortina de nevoeiro resiste ao impacto e di ssipa-se subtilmente. Os dias surgem uns atrás dos outros sem que a dita cortina retorne, no cosmo todos aqueles que ansiavam transpore-la ficam estupefatos e até mesmo desorientados sem saberem o que fazer perante tal acontecimento! Enquanto isso, as duas forças da natureza continuam a sua doce descoberta, numa dança constante regida pelas ondas do mar. por vezes, vagarosamente, outras apressadamente. Tal como no mar umas vezes fica a suave espuma na areia, outras a agitação é de tal ordem que tudo fica revolto. Luz e treva criam a própria dança! e todas as outras forças da natureza que aguardavam junto a cortina, começam a reagir a sua ausência. As reações são diversificadas. Existem os que ficam eufóricos, os que explodem de frustração por não terem alcançado a luz, os que entram em negação e fogem para um recanto secreto, enfim todo o tipo de movimento acontece. Tudo isto, faz parte da dança cósmica e não existe nada que se possa fazer para impedir a não ser continuar tranquilamente a nossa própria dança. Na certeza, porém, que luz e trevas continuarão o seu caminhar juntas e sempre haverá tempo para acolher os restantes elementos do cosmo! Sim, porque a dança cósmica não pode ser feita somente a dois.

sábado, 25 de junho de 2022

Luz / trevas

 

 

Durante tempos sem fim, pairou no universo um denso nevoeiro, nevoeiro esse que por vezes não deixava penetrar o mais fino e delicado raio de sol. Muitos foram os que se aventuraram na árdua tarefa de derrubar ou pelo menos abrir uma brecha na espessa cortina. Investiram horas, dias e até anos para atingirem o seu objetivo, mas, o resultado mais esperado nunca foi conquistado.

 Intransponível, inacessível permanecia a dita cortina de nevoeiro. Através dela podia se avistar uma vasta e imensa luz, um brilho que mesmo com a cortina fechada         encadeava todos aqueles que se deixavam encantar . Essa luz vivia paredes meias com a escuridão, com as trevas mais profundas do ser humano.

eis que sem nada nem ninguém prever a escuridão derrubou acortina de bruma, foi então que a luz e as trevas chocaram provocando uma cruel e possante trovoada. Trevas e luz disputavam a glória de uma dança ritmada pelo barulho ávido de luz e por relâmpagos sedentos por repousar na penumbra.   

As trevas atenuaram o fulgor da luz, tornando tudo mágico e encantador.

E o nevoeiro ficou mais ténue.

AS duas forças da natureza, continuaram a sua dança dia e noite, noite e dia sem findar.  

Muitos daqueles que tentavam em vão penetrar na densa cortina de nevoeiro, conseguiram visualizar e sentir algo diferente no universo. Sem nada entenderem  da dança cósmica         que está em marcha!