Hoje vou partilhar convosco um
dos reflexos da minha alma, ou seja, algo que me marcou profundamente e que se
tornou num pilar na minha caminhada como aprendiz da vida. Acerca de dez anos,
falaram-me de um livro que se intitula “História de uma alma”, trata-se de uma autobiografia
de Santa teresinha do Menino Jesus. Na altura era catequista e transmitia o
testemunho de vida de muitos santos e santas da Igreja católica aos meus alunos
mas, na verdade esses santos eram para mim apenas um testemunho e exemplo de
vida nada mais. E foi neste aspecto que a leitura de “História de uma alma ” se
tornou uma marca na minha vida porque passei a olhar para esta santa como uma
amiga, a sua maturidade e sensibilidade espiritual moveram-na a lutar pelos
objectivos de vida contra todas as adversidades conseguindo entrar para o
convento aos 15 anos. Para tal teve de enfrentar a madre superior do convento e
ir a uma audiência com o santo padre a fim de adquirir uma autorização especial
para iniciar o seu percurso na vida religiosa. No seu livro descreve como
sofreu com a morte da sua mãe ainda pequena, com a separação da sua irmã,
depois quando entrou para o convento afastou-se do seu pai e restantes
familiares e até mesmo as provações que teve de suportar e ultrapassar no percurso
formativo e ainda os problemas de saúde que lhe foram surgindo. Teresinha
aceitou sempre esses sofrimentos com um amor incondicional de entrega a Deus
que impressiona e nos interpela para que façamos o mesmo. Porque na verdade
amar incondicionalmente é o caminho para a felicidade, para atingir os nossos
objectivos pessoais seja qual for as nossas crenças religiosas.
Na busca por compreender qual a
sua vocação, qual o seu papel na Igreja teresinha deparou-se com muitas
provações, algumas tentações e cometeu bastantes erros como todos nós, no
entanto descobriu que a sua vocação era o amor porque o amor é o ingrediente
necessário a todas as coisas que fazemos na vida. Apreendeu que mesmo estando
num convento de clausura, lugar onde as freiras se dedicam a oração, podia
através do seu amor e das suas orações interceder pelos diversos missionários
do mundo, podia apelar a misericórdia de Deus pelos que sofrem, pelos que
passam fome …. Enfim entendeu que amando poderia contribuir para o desenvolvimento
da humanidade mesmo estando num local recolhido onde não tinha contacto com o
mundo exterior. E nós que estamos mergulhados no mundo, que estamos em
constante relação com o outro não somos capazes de amar incondicionalmente! Tal
como eu Santa Teresinha gostava de contemplar os animais e passear nos campos, nos
jardins repletos de flores chegando mesmo a comparar a sua família aos lírios
do campo! Bem para a conhecerem melhor desafio-vos a lerem a “História de uma
alma ” e se vos tocar tanto como a mim garanto-vos que a forma como vêem a vida
se modificará. Deixo-vos aqui uma hiperligação com o intuito de conhecerem um
pouco mais esta minha companheira:
Na continuação do texto anterior
“Sementeira de pensamentos ”, convido-vos a meditarem sobre este testemunho de
teresinha, esta incluiu o amor em toda a sua vida, em todas as ocasiões sem
hesitar. Não será esse o adubo necessário para incluir nas sementes dos nossos
pensamentos que produzimos diariamente? Não será este o ingrediente especial
para incluirmos em todas as nossas acções?
Estamos a praticar o amor incondicional
sempre que desejamos o bem a todos os nossos semelhantes sem descriminação de
credos, raças e sexos e sem inveja, ódio ou raiva ainda que se trate de alguém que
nos tenha magoado, prejudicado ou feito algum mal. Mas, para alcançarmos o amor
incondicional não podemos ter o coração cheio de ódio, inveja, raiva ou
tristeza. Antes de praticarmos o amor incondicional devemos proceder a uma
limpeza do nosso coração. Amar é acima de tudo perdoar, é dar a outra face, é
perdoar a nós mesmos
Como perdoamos aos outros, mesmo
que estes sejam nossos inimigos!
Nalgumas situações somos nós mesmos
os nossos maiores inimigos. Vejamos então, quando alguém nos fere, nos deixa
triste devemos perdoar-lhe caso contrário estabelecemos uma ligação energética negativa
muitas vezes por toda a vida. Quantas vezes não somos invadidos por sentimentos
de tristeza, frustração, raiva porque alguém nos magoou na infância, na adolescência,
na vida adulta (…) e não lhe conseguimos perdoar? A velha expressão “não lhe é
capaz de perdoar. Isso não te perdoou! “, Pois bem estas situações vão se
acumulando no nosso coração, vão o atulhando o de substâncias malignas. as ervas
daninhas do nosso jardim vão crescendo e sufocando as sementes dos pensamentos positivos
que morrem por serem oprimidas Então, o Antídoto chama-se perdão. Perdoar a nós mesmos, perdoar
aos outros contribuirá para que as ervas daninhas sejam aos poucos extintas do
nosso jardim. O perdão eleva-nos a um estado de vibração energética que nos
preenche de amor incondicional por nós e pelos outros. Quem nunca se
Sentiu a vibrar por dentro ou o coração
a faiscar de amor, alegria quando se reconcilia com outro?
Em suma, querido amigo não te
esqueças de adubar a tua vida com o amor incondicional, de teres o Antídoto para
as ervas daninhas (inveja, ódio, raiva) sempre a mão para que no teu jardim e
no jardim dos que te rodeiam haja sempre flores, árvores, frutos e toda a espécie
de animais. Ao jeito de santa teresinha sê persistente em relação aos teus
objectivos tendo sempre presente que fazes parte de uma sociedade para a qual deves
contribuir para o seu desenvolvimento.
Excelente
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