sábado, 1 de outubro de 2016

"A minha vocação é o amor."


 

 

Hoje vou partilhar convosco um dos reflexos da minha alma, ou seja, algo que me marcou profundamente e que se tornou num pilar na minha caminhada como aprendiz da vida. Acerca de dez anos, falaram-me de um livro que se intitula “História de uma alma”, trata-se de uma autobiografia de Santa teresinha do Menino Jesus. Na altura era catequista e transmitia o testemunho de vida de muitos santos e santas da Igreja católica aos meus alunos mas, na verdade esses santos eram para mim apenas um testemunho e exemplo de vida nada mais. E foi neste aspecto que a leitura de “História de uma alma ” se tornou uma marca na minha vida porque passei a olhar para esta santa como uma amiga, a sua maturidade e sensibilidade espiritual moveram-na a lutar pelos objectivos de vida contra todas as adversidades conseguindo entrar para o convento aos 15 anos. Para tal teve de enfrentar a madre superior do convento e ir a uma audiência com o santo padre a fim de adquirir uma autorização especial para iniciar o seu percurso na vida religiosa. No seu livro descreve como sofreu com a morte da sua mãe ainda pequena, com a separação da sua irmã, depois quando entrou para o convento afastou-se do seu pai e restantes familiares e até mesmo as provações que teve de suportar e ultrapassar no percurso formativo e ainda os problemas de saúde que lhe foram surgindo. Teresinha aceitou sempre esses sofrimentos com um amor incondicional de entrega a Deus que impressiona e nos interpela para que façamos o mesmo. Porque na verdade amar incondicionalmente é o caminho para a felicidade, para atingir os nossos objectivos pessoais seja qual for as nossas crenças religiosas.

Na busca por compreender qual a sua vocação, qual o seu papel na Igreja teresinha deparou-se com muitas provações, algumas tentações e cometeu bastantes erros como todos nós, no entanto descobriu que a sua vocação era o amor porque o amor é o ingrediente necessário a todas as coisas que fazemos na vida. Apreendeu que mesmo estando num convento de clausura, lugar onde as freiras se dedicam a oração, podia através do seu amor e das suas orações interceder pelos diversos missionários do mundo, podia apelar a misericórdia de Deus pelos que sofrem, pelos que passam fome …. Enfim entendeu que amando poderia contribuir para o desenvolvimento da humanidade mesmo estando num local recolhido onde não tinha contacto com o mundo exterior. E nós que estamos mergulhados no mundo, que estamos em constante relação com o outro não somos capazes de amar incondicionalmente! Tal como eu Santa Teresinha gostava de contemplar os animais e passear nos campos, nos jardins repletos de flores chegando mesmo a comparar a sua família aos lírios do campo! Bem para a conhecerem melhor desafio-vos a lerem a “História de uma alma ” e se vos tocar tanto como a mim garanto-vos que a forma como vêem a vida se modificará. Deixo-vos aqui uma hiperligação com o intuito de conhecerem um pouco mais esta minha companheira:  


 

Na continuação do texto anterior “Sementeira de pensamentos ”, convido-vos a meditarem sobre este testemunho de teresinha, esta incluiu o amor em toda a sua vida, em todas as ocasiões sem hesitar. Não será esse o adubo necessário para incluir nas sementes dos nossos pensamentos que produzimos diariamente? Não será este o ingrediente especial para incluirmos em todas as nossas acções?

Estamos a praticar o amor incondicional sempre que desejamos o bem a todos os nossos semelhantes sem descriminação de credos, raças e sexos e sem inveja, ódio ou raiva ainda que se trate de alguém que nos tenha magoado, prejudicado ou feito algum mal. Mas, para alcançarmos o amor incondicional não podemos ter o coração cheio de ódio, inveja, raiva ou tristeza. Antes de praticarmos o amor incondicional devemos proceder a uma limpeza do nosso coração. Amar é acima de tudo perdoar, é dar a outra face, é perdoar a nós mesmos

Como perdoamos aos outros, mesmo que estes sejam nossos inimigos!

Nalgumas situações somos nós mesmos os nossos maiores inimigos. Vejamos então, quando alguém nos fere, nos deixa triste devemos perdoar-lhe caso contrário estabelecemos uma ligação energética negativa muitas vezes por toda a vida. Quantas vezes não somos invadidos por sentimentos de tristeza, frustração, raiva porque alguém nos magoou na infância, na adolescência, na vida adulta (…) e não lhe conseguimos perdoar? A velha expressão “não lhe é capaz de perdoar. Isso não te perdoou! “, Pois bem estas situações vão se acumulando no nosso coração, vão o atulhando o de substâncias malignas. as ervas daninhas do nosso jardim vão crescendo e sufocando as sementes dos pensamentos positivos que morrem por serem oprimidas Então, o Antídoto  chama-se perdão. Perdoar a nós mesmos, perdoar aos outros contribuirá para que as ervas daninhas sejam aos poucos extintas do nosso jardim. O perdão eleva-nos a um estado de vibração energética que nos preenche de amor incondicional por nós e pelos outros. Quem nunca se  

Sentiu a vibrar por dentro ou o coração a faiscar de amor, alegria quando se reconcilia com outro?

Em suma, querido amigo não te esqueças de adubar a tua vida com o amor incondicional, de teres o Antídoto para as ervas daninhas (inveja, ódio, raiva) sempre a mão para que no teu jardim e no jardim dos que te rodeiam haja sempre flores, árvores, frutos e toda a espécie de animais. Ao jeito de santa teresinha sê persistente em relação aos teus objectivos tendo sempre presente que fazes parte de uma sociedade para a qual deves contribuir para o seu desenvolvimento.

1 comentário: